Allan Kardec era de estatura meã. Robusto,
cabeça ampla, redonda, firme, com feições
bem pronunciadas e olhos pardo-claros,
mais parecia alemão que francês. Era ativo e tenaz,
mas de temperamento calmo, precavido e realista
até quase à frieza, cético por natureza e por educação,
argumentador lógico e preciso, e eminentemente
prático em suas ideias e ações, distanciado
assim do misticismo que do entusiasmo...
Ponderado, lento no falar, sem afetação, com inegável
dignidade, resultante da seriedade e da honestidade,
traços distintivos de seu caráter. Sem
procurar discussões nem a elas fugir, mas nunca
provocando qualquer comentário a respeito do
assunto a que consagrara sua vida, recebia amavelmente
os numerosos visitantes que acorriam
de todas as partes do mundo para conversar com
ele a respeito das ideias de que era o mais autorizado
expoente, respondendo às consultas e às
objeções, resolvendo dificuldades, e dando informações
a todos os investigadores sérios, com
os quais falava franca e animadamente. Em algumas
ocasiões apresentava fisionomia radiante, com
um sorriso agradável e prazenteiro, se bem que,
por causa da sobriedade do seu todo, jamais o viram
rir.
Entre os milhares de visitantes, encontravam-
-se pessoas de alto nível no mundo social, literário,
artístico e científico. O imperador Napoleão
III, cujo interesse pelos fenômenos espíritas não
era nenhum segredo, mandou chamá-lo várias
vezes, e com ele manteve longas palestras, nas Tulherias,
acerca das doutrinas expostas em O Livro
dos Espíritos.
expoente, respondendo às consultas e às
objeções, resolvendo dificuldades, e dando informações
a todos os investigadores sérios, com
os quais falava franca e animadamente. Em algumas
ocasiões apresentava fisionomia radiante, com
um sorriso agradável e prazenteiro, se bem que,
por causa da sobriedade do seu todo, jamais o viram
rir.
Entre os milhares de visitantes, encontravam-
-se pessoas de alto nível no mundo social, literário,
artístico e científico. O imperador Napoleão
III, cujo interesse pelos fenômenos espíritas não
era nenhum segredo, mandou chamá-lo várias
vezes, e com ele manteve longas palestras, nas Tulherias,
acerca das doutrinas expostas em O Livro
dos Espíritos.
Fonte: Reformador de março/1969, p. 8(52). Texto incluído na obra Allan Kardec: o educador e o codificador, de Zêus Wantuil
e Francisco Thiesen. Ed. FEB, v. 2, p. 273.
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Emmanuel