O Iluminado
As sucessivas ondas de perfume
carreadas pelos ventos
suaves da primavera
faziam parte do festival de alegria
que dominava a Natureza.
As folhas de mangueiras enfeitavam
as portas das casas da aldeia,
significando fecundidade em
abundância, e o ashram se encontrava
ornamentado de festões de
flores de laranjeiras.
As pessoas transitavam felizes,
ornadas de guirlandas coloridas, e
as virgens descalças exibiam os
braceletes e guizos reluzentes, assim
como as joias cintilantes que
adornavam os sáris leves, dourados
uns, prateados outros.
Enfeitadas com esmero e pintadas,
aguardavam o Iluminado
que deveria chegar, quais
noivas ansiosas pelas núpcias
anunciadas.
Crianças gárrulas, vestidas com
cuidado, corriam de um para o
outro lado, como abelhas operosas,
embora não produzissem nada
além da música estridente dos
gritos e das risadas...
carreadas pelos ventos
suaves da primavera
faziam parte do festival de alegria
que dominava a Natureza.
As folhas de mangueiras enfeitavam
as portas das casas da aldeia,
significando fecundidade em
abundância, e o ashram se encontrava
ornamentado de festões de
flores de laranjeiras.
As pessoas transitavam felizes,
ornadas de guirlandas coloridas, e
as virgens descalças exibiam os
braceletes e guizos reluzentes, assim
como as joias cintilantes que
adornavam os sáris leves, dourados
uns, prateados outros.
Enfeitadas com esmero e pintadas,
aguardavam o Iluminado
que deveria chegar, quais
noivas ansiosas pelas núpcias
anunciadas.
Crianças gárrulas, vestidas com
cuidado, corriam de um para o
outro lado, como abelhas operosas,
embora não produzissem nada
além da música estridente dos
gritos e das risadas...
O Sol ameno beijava a terra
verde exultante de vitalidade com
carícia gentil.
De quando em quando, soavam
os clarins anunciadores, informando
a proximidade da comitiva
que conduzia o Esperado.
O palanque no centro do
ashram estava repleto com as autoridades
e as personagens locais
de maior destaque.
Todos O aguardavam com expectativa
mal disfarçada.
Esperava-se que Ele chegasse
numa carruagem ajaezada de gemas
preciosas e ornada de ouro,
conduzida por corcéis brancos
igualmente recobertos de tecidos
caros...
...Ele, porém, chegou caminhando,
pés descalços, cabeça erguida e
corpo coberto somente pela túnica
em tonalidade açafrão, que lhe
descia até ao solo.
Nenhum adorno se destacava
na indumentária.
Os seus acompanhantes eram,
também, destituídos de luxo e de
ostentação.
verde exultante de vitalidade com
carícia gentil.
De quando em quando, soavam
os clarins anunciadores, informando
a proximidade da comitiva
que conduzia o Esperado.
O palanque no centro do
ashram estava repleto com as autoridades
e as personagens locais
de maior destaque.
Todos O aguardavam com expectativa
mal disfarçada.
Esperava-se que Ele chegasse
numa carruagem ajaezada de gemas
preciosas e ornada de ouro,
conduzida por corcéis brancos
igualmente recobertos de tecidos
caros...
...Ele, porém, chegou caminhando,
pés descalços, cabeça erguida e
corpo coberto somente pela túnica
em tonalidade açafrão, que lhe
descia até ao solo.
Nenhum adorno se destacava
na indumentária.
Os seus acompanhantes eram,
também, destituídos de luxo e de
ostentação.
A multidão não pôde esconder
o desencanto.
Aguardava-se um rei poderoso
que representava Brahma na Terra,
e o mensageiro parecia tão pobre
e sem valor!
Ele dirigiu-se ao estrado, subiu,
calmamente, os degraus, saudou
as personalidades com humildade,
em melodiosas expressões
Namastê!.¹
As pessoas acercaram-se mais
e um silêncio cósmico facultou a
oportunidade para Ele falar...
...Eu venho em nome da Luz
Inapagável, que antecedeu ao tempo
e ao espaço.
Eu sou o portador da Sua claridade,
a fim de que toda a sombra se dilua
nas mentes e nos corações humanos.
Eu sou a luminosa verdade
que desalgema o Espírito da dominadora
sombra da ignorância.
Eu sou o archote da esperança
para quem busca, sou o socorro para
quem o necessita.
o desencanto.
Aguardava-se um rei poderoso
que representava Brahma na Terra,
e o mensageiro parecia tão pobre
e sem valor!
Ele dirigiu-se ao estrado, subiu,
calmamente, os degraus, saudou
as personalidades com humildade,
em melodiosas expressões
Namastê!.¹
As pessoas acercaram-se mais
e um silêncio cósmico facultou a
oportunidade para Ele falar...
...Eu venho em nome da Luz
Inapagável, que antecedeu ao tempo
e ao espaço.
Eu sou o portador da Sua claridade,
a fim de que toda a sombra se dilua
nas mentes e nos corações humanos.
Eu sou a luminosa verdade
que desalgema o Espírito da dominadora
sombra da ignorância.
Eu sou o archote da esperança
para quem busca, sou o socorro para
quem o necessita.
O Iluminado
1“O deus que está em mim saúda o deus
que está em você.(Namastê). REVISTA REFORMADOR-FEB
Rabindranath Tagore
Não tenho nada, além disso, nem
me interessa possuir outras coisas...
Eu sou!...
Ante a expectação e a onda
de ternura que invadiu as pessoas,
um apelo maternal rompeu
a pausa que Ele fez, rogando:
– Minha filha é cega! – e ergueu-
a nos braços.
Ele sorriu, misericordioso, e,
dos Seus olhos, saíram raios brilhantes,
atingindo a criança invidente,
que gritou: – Vejo! – e prorrompeu
em pranto...
Outrem suplicou:
– Cura as minhas feridas!
Ele estendeu as mãos que espraiaram
radiante luz, que logo
cicatrizou as úlceras...
...E todos que se encontravam
nas trevas das aflições suplicaram
remendos para os seus corpos
corrompidos, enquanto Ele,
curando-os, iluminou-lhes as almas
equivocadas.
Quando a noite chegou estrelada,
e Ele partiu, uma estrada esplendendo
em luz feérica se estendeu
da aldeia humilde, perdendo-
-se na direção do infinito.
O Iluminado compadecido,
que nada possuía, era o amor que
tudo pode e que se dá, deixando
perene claridade naqueles que
deambulam na escuridão da inferioridade.
(Página psicografada pelo médium Divaldo
Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 7 de julho de 2008, no Centro
Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,
Bahia.)
Março.
me interessa possuir outras coisas...
Eu sou!...
Ante a expectação e a onda
de ternura que invadiu as pessoas,
um apelo maternal rompeu
a pausa que Ele fez, rogando:
– Minha filha é cega! – e ergueu-
a nos braços.
Ele sorriu, misericordioso, e,
dos Seus olhos, saíram raios brilhantes,
atingindo a criança invidente,
que gritou: – Vejo! – e prorrompeu
em pranto...
Outrem suplicou:
– Cura as minhas feridas!
Ele estendeu as mãos que espraiaram
radiante luz, que logo
cicatrizou as úlceras...
...E todos que se encontravam
nas trevas das aflições suplicaram
remendos para os seus corpos
corrompidos, enquanto Ele,
curando-os, iluminou-lhes as almas
equivocadas.
Quando a noite chegou estrelada,
e Ele partiu, uma estrada esplendendo
em luz feérica se estendeu
da aldeia humilde, perdendo-
-se na direção do infinito.
O Iluminado compadecido,
que nada possuía, era o amor que
tudo pode e que se dá, deixando
perene claridade naqueles que
deambulam na escuridão da inferioridade.
(Página psicografada pelo médium Divaldo
Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 7 de julho de 2008, no Centro
Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,
Bahia.)
Março.
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A caridade não brilha unicamente na dádiva. Destaca-se nos mínimos gestos do cotidiano.
Emmanuel