Fatores de Desequilíbrio -
O Amor e o Rancor
(Joanna de Ângelis)
A saúde da criatura humana resulta de fatores essenciais que lhe compõem o quadro de bem-estar: equilíbrio mental, harmonia orgânica e ajustamento sócio-econômico. Quando um desses elementos deixa de existir, pode-se considerar que a saúde cede lugar à perturbação, que afeta qualquer área do conjunto psicofísico.
Sendo, a criatura humana, constituída pela energia que o Espírito envia a todos os departamentos materiais e equipamentos nervosos, qualquer distonia que a perturbe abre campo para a irrupção de doenças, a manifestação de distúrbios, que levam aos vários desconsertos patológicos, conhecidos como enfermidades.
Por isso, é possível que uma criatura, em processo degenerativo, possa aparentar saúde, face à ausência momentânea dos sintomas que lhe permitem o registro, a percepção do insucesso.
Da mesma forma, podemos considerar que, escrava da mente, a criatura transita do cárcere dos sofrimentos aos portões da liberdade — das doenças à saúde ou vice-versa — através da energia direcionada ao bem, à harmonia, ou sob distonias, conflitos e traumas.
De relevantes significados são os conteúdos negativos do comportamento emocional, geradores das disritmias energéticas, que passam a desvitalizar os campos nos quais se movimentam, enfraquecendo-os e abrindo-os à sintonia com os microorganismos degenerativos.
Entre os muitos fatores de destruição do equilíbrio, anotemos o amor, a angústia, o rancor, o ódio, que se convertem em gigantes da vida psicológica, com poderes destrutivos, insuspeitáveis.
A mente desordenada, que cultiva paixões dissolventes, perde o rumo, passando a fixações neuróticas e somatizadoras, infelizes, que respondem pelos estados inarmônicos da psique, da emoção e do corpo.
A mente desordenada, que cultiva paixões dissolventes, perde o rumo, passando a fixações neuróticas e somatizadoras, infelizes, que respondem pelos estados inarmônicos da psique, da emoção e do corpo.
Os conteúdos do equilíbrio expressam-se no comportamento, propiciando modelos de criaturas desidentificadas com as manifestações deletérias do meio social, das constrições de vária ordem, das dominações bacterianas.
A auto-análise, trabalhada pela insistência de preservação dos ideais superiores da vida, é o recurso preventivo para a manutenção do bem-estar e da saúde nas suas várias expressões.
O amor
Confundidas as sensações imediatas do prazer com as emoções emuladoras do progresso moral, o amor constitui o grande demolidor das estruturas celulares, pela força dos desejos de que se faz portador.
Confundidas as sensações imediatas do prazer com as emoções emuladoras do progresso moral, o amor constitui o grande demolidor das estruturas celulares, pela força dos desejos de que se faz portador.
Certamente, referimo-nos ao amor bruto, asselvajado, possessivo, que situa no desejo a sua maior carga de aspiração.
Ocultando frustrações pertinazes e gerando mecanismos de transferência neurótica, as personalidades atormentadas aferram-se ao amor-desejo, ao amor-sexo, ao amor-posse, ao amor-ambição, deixando-se consumir pelos vapores da perturbação, que a insistência mental e insensata do gozo desenvolve em forma de incêndio voraz.
O atormentado fixa a sua identidade na necessidade do que denomina amor e projeta-se, inconscientemente, sobre quem ele diz amar, impondo-se com sofreguidão irrefreável, ou acalentando intimamente a realização do que anela, em terrível desarmonia interior. A quanto mais aspira e frui, mais exige e sofre; se não logra a realização, mais se decompõe, perdendo ou matando, com os raios venenosos da mente em desalinho, as defesas imunológicas e a vibração de harmonia mental, logo tombando nos estados enfermiços.
O rancor
Fenômeno natural decorrente da insegurança emocional, o rancor produz ácidos destruidores de alta potencialidade, que consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a instalação das doenças.
Entulho psíquico, o rancor acarreta danos emocionais variados, que levam a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação.
A criatura humana tem a destinação da plenitude. O seu passo existencial deve ser caracterizado pela confiança, e os acontecimentos desagradáveis fazem-se acidentes de percurso, que não interrompem o plano geral da viagem, nunca impeditivos da chegada à meta.
Por isso, os acontecimentos impõem, quando negativos, a necessidade de uma catarse libertadora, a fim de não se transformarem em resíduos de mágoas e rancores que, de contínuo, assumem mais danoso contingente de ocorrência destrutiva.
A psicoterapia do perdão, com os mecanismos da renúncia dinâmica, consegue eliminar as seqüelas do insucesso, retirando o rancor das paisagens mentais e emocionais da criatura, sem o que se desarticulam os processos de harmonia e equilíbrio psíquico, emocional e físico.
Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.
Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.
A Angústia e o Ódio
(Joanna de Ângelis)
A insegurança pessoal, decorrente de vários fatores psicológicos, gera instabilidade de comportamento, facultando altas cargas de ansiedade e de medo.
Sentindo-se incapaz de alcançar as metas a que se propõe, o indivíduo transita entre emoções em desconserto, refugiando-se em fenômenos de angústia, como efeito da impossibilidade de controlar os acontecimentos da sua vida.
Enquanto transite nos primeiros níveis de consciência, a carência de lucidez dos objetivos essenciais da vida levá-lo-á a incertezas, porqüanto, as suas, serão as buscas dos prazeres, das aspirações egoístas, das promoções da personalidade, sentindo-se fracassado quando não alcança esses patamares transitórios, equivocados, em relação à felicidade.
Aprisionando-se em errôneos conceitos sobre a plenificação do eu, que confunde com as ambições do ego, pensa que ter é de relevante importância, deixando de ser iluminado, portanto, superior aos condicionamentos e pressões perturbadoras.
A angústia, como efeito de frustração, é semelhante a densa carga tóxica que se aspira lentamente, envenenando-se de tristeza injustificável, que termina, às vezes, como fuga espetacular pelo mecanismo da morte anelada, ou simplesmente ocorrida por efeito do desejo de desaparecer, para acabar com o sofrimento.
Normalmente, nos casos de angústia cultivada, estão em jogo os mecanismos masoquistas que, facultando o prazer pela dor, intentam inverter a ordem dos fenômenos psicológicos, mantendo o estado perturbador que, no paciente, assume características de normalidade.
O recurso para a superação dos estados de angústia, quando não têm um fator psicótico, é a conquista da autoconfiança, delineamento de valores reais e esforço por adquiri-los ou recorrendo ao auxílio de um profissional competente.
As ocorrências de insucesso devem ser avaliadas como treinamento para outras experiências, recurso-desafio para o crescimento intelectual, aprendizagem de novos métodos de realizações humanas.
Exercícios de autocontrole, de reflexões otimistas, de ações enobrecedoras, funcionam como terapia libertadora da angústia, que deve ser banida dos sentimentos e do pensamento.
O ódio
Etapa terminal do desarranjo comportamental, o ódio é tóxico fulminante no oxigênio da saúde mental e física.
Desenvolve-se, na sua área, mediante a análise injusta do comportamento dos outros em relação a si, e nunca ao inverso. Fazendo-se vítima, porque passou a um conceito equivocado sobre a realidade, deixa-se consumir pelo complexo de inferioridade, procedente da infância castrada, e descarrega, inconscientemente, a sua falta de afetividade, a sua insegurança, o seu medo de perda, a sua frustração de desejo, em arremessos de ondas mentais de ódio, até o momento da agressividade física, da violência em qualquer forma de manifestação.
O ódio é estágio primevo da evolução, atavicamente mantido no psiquismo e no emocional da criatura, que necessita ser transformado em amor, mediante terapias saudáveis de bondade, de exercícios fraternais, de disciplinas da vontade.
Agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório, digestivo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das desordens mentais e sociais que abalam a vida e o mundo.
A saúde da criatura humana procede do ser eterno, vem das experiências em vidas anteriores, conforme ocorre com as enfermidades cármicas, no entanto, dependendo da consciência, do comportamento, da personalidade e da identificação do ser com o que lhe agrada e com aquilo a que se apega na atualidade.
Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.
Olá gostei muito do seu blog muito esclarecedor e edificante! Que deus o ilumine sempre!
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