ITENS DA FRATERNIDADE EM JESUS
Pelo
Espírito Bezerra de Menezes. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro:
União em Jesus. Lição nº 03. Página 27.
Mensagem
recebida em Uberaba, em 16 de agosto de 1983.
Filhos,
o Senhor nos abençoe!...
O
trabalho de conscientização em Cristo é serviço pioneiro no plano físico,
porquanto relaciona atividades, ou melhor, as atividades fundamentais do
espírito desencarnado quando se reconhece defrontado pela grandeza da vida,
perante o mais além.
O
Tempo é o principal fator de aferição de quaisquer aquisições que se façam
nesse terreno, de vez que o Tempo é o agente silencioso que preside o
crescimento, a evolução e a maturação das sementes de renovação do mundo
interior de cada um de nós, para que nossos recursos se descerrem plenamente ao
sol do trabalho para o engrandecimento da vida em nós e fora de nós.
Em
vista do exposto, comecemos por apresentar as figurações ou idéias-sínteses,
destinadas a acordar as nossas consciências à plena luz da imortalidade.
Enumeraremos
algumas dessas indicações básicas para nosso aproveitamento:
01 -
Em toda questão difícil, indagar de nós mesmos o que faria Jesus em nosso
lugar.
02 -
Aceitar-nos por parte da família universal de Deus, na mesma moradia terrestre,
moradia que permanece integrada no Plano Cósmico, à maneira de um conjunto
residencial, renteando com inúmeros outros na Criação Divina.
03 -
Cada criatura é um mundo por si, com leis e movimentos próprios, que nem sempre
se harmonizam com os nossos.
04 -
Ser-nos-á obrigação clara e simples aceitar os outros tais quais são, tanto
quanto desejamos ser aceitos como somos, ante a consideração alheia.
05 -
Reconheçamos a verdade de que todo bem e todo mal de que nos façamos autores
para os que nos cercam, apresentarão, hoje, amanhã ou depois de amanhã, o
somatório das bênçãos ou dos males de que tenhamos sido a causa.
06 -
Atendendo-se à realidade de que somos psicologicamente diferenciados no campo
geral da existência, respeitar sempre as necessidades ou os problemas do
próximo, já que, por enquanto, não conseguimos desvencilharmo-nos dos nossos,
no sentido imediato dessas palavras.
07 -
Cada qual de nós neste justo momento está no melhor lugar, na melhor posição,
na melhor tarefa e com os melhores companheiros que sejamos capazes de usufruir
com o necessário proveito.
08 -
As condições do berço e da família, do grupo social e dos compromissos que
venhamos a assumir com outra pessoa ou com outras pessoas são áreas de dever a
cumprir que não nos será lícito esquecer ou menosprezar sem danos para nós
mesmos.
09 -
Admitirmos sem discussão o imperativo de tolerância para com os outros, tanto
quanto precisamos ou desejamos ser tolerados em nossa estrada comum.
10 -
O trabalho, seja na condição de atividade profissional ou na prestação de
serviço desinteressado aos nossos irmãos do caminho diário, é a nossa escola
permanente, de cujos ensinamentos não nos será lícito desertar.
11 -
Desculpar quaisquer ofensor de que nos julguemos vítimas, esquecendo esse ou
aquele atrito que nos tenha colhido em más regiões de influência, com absoluto
esquecimento dos desajustes havidos, para que a espontaneidade na prática do
bem, seja em nós ou fora de nós, não sofra qualquer prejuízo.
12 -
Entendendo-se que cada criatura se encontra no lugar que lhe é próprio, não nos
permitirmos apreciações apressadas ou errôneas em torno dessa ou daquela
pessoa.
13 -
Abolir a queixa da conversação, na certeza de que se, porventura, tivermos
alguma razão para essa ou aquela reclamação quanto aos outros, é possível que
aqueles de quem nos queixamos, talvez possuam motivos mais fortes para se
queixarem de nós.
14 -
Ajustar-se à família à maneira do ouro entregue ao cadinho, para que se lhe
promova a purificação.
15 -
Regozijarmo-nos com o progresso alheio, na convicção de que o êxito nos
visitará igualmente, na medida em que nos esforcemos por obtê-lo.
16 -
Nunca olvidarmos, em matéria de afeição, que a renúncia a quaisquer alegrias
decorrentes de conjunções prematuras será sempre superior a qualquer vitória
passageira nos domínios da posse.
17 -
Fixar o lado melhor das pessoas e dos acontecimentos, para que o lado sombrio
desapareça naturalmente.
18 -
Rejubilarmo-nos com aquilo que tenhamos ao nosso dispor, sem preocupação por
obter o que talvez quiséssemos.
19 -
Saber sorrir tanto nas horas de contentamento, quanto naquelas outras em que as
inquietações estejam conosco.
20 -
Abstermo-nos de gastar com a irritação, o tempo e os recursos da vida com
reações desnecessárias e incompatíveis com o nosso dever de acompanhar o Divino
Mestre.
21 -
Não desconhecer que, muitas vezes, contra nós próprios, ser-nos á necessário
ouvir as opiniões de companheiros e acatá-las, considerando o benefício geral e
não os nossos próprios interesses pessoais que nos cabe sofrear, para que a
felicidade dos outros nos favoreça com a alegria de ver os outros felizes e
abrindo, com isso, novas estradas no campo íntimo que nos visem a melhoria e a
paz, a compreensão e o bom ânimo.
22 -
Habituarmo-nos a enxergar nos companheiros de experiência terrestre a parte
melhor que apresentem, a fim de que nenhum deles perca o incentivo de agir e
servir, trazendo a quota de seus esforços no bem para a felicidade do grupo a
que nos vinculamos.
23 -
Auxiliar para o bem geral em todo tempo, mas escolher o tempo adequado para
tratar dos problemas difíceis e dos casos graves com os irmãos neles
envolvidos.
24 -
Exerçamos a paciência sem limites.
25 -
Aceitar o amor que Jesus nos ensinou e nos legou por esquema a ser cumprido nas
menores ocorrências do nosso campo de ação.
26 -
Começar de nós mesmos o serviço de conscientização, transferindo-o em seguida
às pessoas que nos sejam particularmente queridas e, logo após, transmiti-lo
aos grupos humanos em geral.
Estes
são alguns dos itens que, em outra ocasião, ser-nos-á possível desenvolver em
nosso próprio benefício.
Que o Senhor nos ampare e nos abençoe sempre são os votos reconhecidos. Bezerra de Menezes.
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Emmanuel