A
beneficência possui uma lista de pequeninas grandes dádivas, dentre as quais
mencionamos algumas que não nos será lícito esquecer:
O
auxílio, mesmo diminuto, nas tarefas socorristas;
algumas
horas de trabalho espontâneo e gratuito, na execução das boas obras;
uma
frase de esperança;
um
gesto de otimismo;
o
silêncio, perante qualquer toque de agressão;
ouvir
perguntas infelizes com paciência;
aceitar
os amigos, como são, sem exigir que nos sigam em nosso modo de ser;
honrar
os adversários com respeitoso apreço;
calar-se
para que outros falem;
prestar
serviço sem aguardar atenções;
oferecer
alguns minutos de reconforto aos doentes;
considerar
a importância dos impulsos construtivos que comecem a surgir nos principiantes
da fé;
esquecer
boatos alarmantes;
algum
ato de renúncia, em benefício da paz alheia;
apequenar-se
para que outros se destaquem; um sorriso amigo que dissipe as nuvens da hora
difícil;
rearticular
essa ou aquela informação, sempre que preciso, sem perder o espírito de
gentileza;
exercer
tolerância a afabilidade, dentro de casa, na mesma disposição com que se guarda
semelhantes qualidades nos encontros sociais;
repetir
as palavras "desculpa-me" e "muito obrigado", tantas vezes
quantas se fazem necessárias, nas horas do dia-a-dia.
Na
chamada beneficência menor, estão os agentes indispensáveis à edificação da
caridade, porque, em se atendendo às pequeninas grandes dádivas, é que
aprenderemos a distribuir as grandes dádivas, na seara do bem, como se fossem
pequeninas.
Emmanuel
- Livro Atenção. IDE
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A caridade não brilha unicamente na dádiva. Destaca-se nos mínimos gestos do cotidiano.
Emmanuel