domingo, 15 de abril de 2012


Pestalozzi

Johann Heinrich Pestalozzi

 
 
Pestalozzi pautou toda a sua vida pela participação social, quer esta tenha tomado um cariz político, quer um cariz formativo. A sua formação religiosa protestante tornou a sua participação muito centrada no ser humano, na criança em particular e na sua relação com Deus.
Na sua vida de estudante universitário dedicou-se à política, associando-se a um grupo reformista, participando intensamente nas lutas políticas da época.
Desiludido com a política, dedicou-se à agricultura. Desiludido com a agricultura virou-se para a educação. Bem-haja a hora em que o fez, porque o mundo ganhou um espectacular e inovador pedagogo. 
Nessa época, criou em sua casa uma pequena escola na qual educava crianças desfavorecidas dando-lhes abrigo, conhecimentos e meios de sobrevivência, ensinando-lhes coisas práticas, como por exemplo, tecelagem.
Foi com a “morte” deste projecto que Pestalozzi começou a escrever obras como “Como Gertrudes ensina suas crianças” onde expõe o seu método pedagógico e defende a inovadora ideia de que as crianças aprendem melhor partindo do mais fácil e simples, para o mais difícil e complexo; defende que a educação deve ter uma base afectiva para ser eficaz, considerando que os afectos, nomeadamente o amor a Deus que nasce da relação afectiva com a mãe, fazem desencadear melhores processos de aprendizagem; defende, ainda, que a educação não deve ser baseada na memorização e na acumulação de conhecimentos, como até então se defendia, mas que deve ser adequada a cada nível etário, adaptada aos estádios de desenvolvimento de cada criança e que o conhecimento deve ser criado de dentro para fora, isto é, fazendo com que a criança desenvolva as suas capacidades naturais e inatas.
Pestalozzi considerava ainda que cada criança devia aprender com base na experimentação, no fazer, no ver, sendo precursor das teorias do aprender fazendo, partindo do concreto para o abstracto, do conhecido para o desconhecido, pondo a ênfase mais na aquisição de valores e princípios que na aquisição de conhecimentos.
Todas estas ideias eram inspiradas na sua percepção religiosa de que a essência pura e divina de cada criança devia ser desenvolvida até atingir o seu pleno.
  
  
Inovou ainda, ao considerar fulcral a educação para o povo numa época em que esta era elitista e quase exclusivamente controlada pela igreja. Considerava que a educação aumentava a relação com Deus e aumentava a dignidade individual daí considerar importante o seu alargamento a todas as classes sociais.
  
Inovou, ao considerar necessária a preparação dos professores com a criação de recursos metodológicos numa época em que essa era totalmente negligenciada e em que qualquer pessoa com um mínimo de cultura podia ensinar.
  
Inovou ao considerar que a educação devia ser baseada numa boa relação entre aluno e professor, baseada na interacção entre ambos, numa época em que a autoridade do professor era ainda indiscutível.
 Pestalozzi era um génio!
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Nota: este post foi elaborado com consulta de alguns dados na Wikipédia(http://pt.wikipedia.org/wiki/Pestalozzi)
  
 
  
Alguns locais Web onde se refere a sua obra:
  
Algumas frases:
- "As faculdades do homem têm de ser desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas predomine sobre as outras."
- "A natureza melhor da criança deve ser encorajada o mais cedo possível a combater a força prepotente do instinto animal"
- "A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de acção. É actividade."

Arminda Figueiredo

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