quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A VISÃO ESPÍRITA SOBRE HOMOSSEXUALISMO




Difícil dar uma resposta, difícil também é falar do que não vivenciamos.
 O importante é compreender e não julgar.
Quando falamos em homossexualidade não
podemos desassociá-la da liberdade de consciência
e do espírito, pois entre eles existe uma forte
ligação biunívoca. Nas várias abordagens
relativas ao assunto e na procura de respostas
para este problema de sexualidade são colocadas
questões de natureza psicológica, emocional,
orgânica e biológica. Não é um tema novo, mas
está longe de uma solução, visto que a ciência,
dita materialista ainda não aceita o homem
integral e sua responsabilidade com o espírito
reencarnado e filho de Deus, com a missão de
aperfeiçoamento rumo a angelitude.
Já os geneticistas vêm tentando encontrar
explicação para este problema na má formação
dos genes. Os psiquiatras tentam encontrar
enzimas cerebrais que influenciam o comportamento
sexual. Para os sexólogos ortodoxos é
uma preferência sexual. Mas, para os espíritas, é
uma experiência que o espírito se impõe, ou que
lhe é imposto, por causa de uma conduta
anterior, na qual não soube manter o seu
equilíbrio. Uma nova postura da psicologia e da
sexologia também concorda que esta experiência
é um problema de foro espiritual.
Não temos condições de recriminar quem quer
que seja por seus comportamentos, sejam eles
individuais ou coletivos. Compete-nos, alertar e
esclarecer o porquê da aplicação desvairada do
sexo, à luz da vida e do amor, assunto pertinente
à consciência de cada criatura, recordando que
todos trazemos as nossas imperfeições.
Passamos, e passaremos por múltiplas reencarnações,
quer com vestes somáticas femininas
quer masculinas. O indivíduo ao reencarnar,
trará consigo as feições sexuais que mais
pesarem ao longo do processo evolutivo.
Compete-lhe evoluir.
Por quê? Por causa do aprendizado que deverá
assimilar, já que cada somatologia oferece
educação, deveres especiais e novas experiências,
pois tem tarefa, características e sensibilidades
diferentes, e como o espírito é o mesmo este
só atingirá o seu grau de evolução terreno
quando souber reencarnar em ambos os sexos
indistintamente, rumo à perfectibilidade,
aprendendo desta forma, todos os estágios que
essa vida lhe proporciona. Aquele que fosse
sempre homem só saberia o que sabem e sentem
os homens, decerto não entenderia o valor da
maternidade.
A definição do sexo não se acha na matéria, mas
no espírito, na sua estrutura complexa. A forma
individual, em si, obedece ao reflexo mental
dominante, notadamente no que se refere ao
sexo, manifestando-se o ser com diferenças
psicossomáticas de homem ou de mulher,
segundo a vida íntima, através da qual se mostra
com as qualidades espontâneas acentuadamente
ativas ou passivas. A alma guarda a sua individualidade
sexual intrínseca, a definir-se na
feminilidade ou na masculinidade conforme as
características passivas ou claramente ativas que
lhe sejam próprias.
O sexo é uma ponte que liga o homem a um
despertar da consciência individual, estando a
serviço da felicidade e da harmonia do universo.
Muitos ainda não alcançaram o entendimento de
que o sexo é uma força libertadora, define-se por
um atributo não somente digno de respeito, mas
fundamentalmente de uma graça divina da
natureza a exigir educação e controle. Pelo sexo
emanam forças geradoras poderosas. Às quais
devemos neste planeta a reencarnação, o templo
do lar, as alegrias revitalizadoras do amor, a
riqueza inapreciável dos estímulos espirituais e
as bênçãos de uma família.
O espírito que vem vivendo do sexo pelo sexo
vive em experiência ilusória, e não vê o sexo
como porta de divina nobreza, mas sim como um
gueto de miséria, de desvario, arruinando seus
irmãos e a si próprio, confundindo o amor com
paixão e instinto sexual. Tais indivíduos, ao
passarem para o plano espiritual pelo desencarne,
e mesmo quando encarnados, tornam-se
presas de obsessores, que visam implantar o
sexo como lema, vampirizando-os. Reencarnam
em novas experiências, uma das quais a homossexualidade.
Amargam então uma existência de
humilhações e de solidão, e para aprenderem, a
misericórdia divina que somente sabe amar, e
nunca punir, dá infinitas oportunidades ao
espírito para se reajustar e reequilibrar-se
Assim, este espírito é induzido amorosamente
pelos benfeitores espirituais a reencarnar num
corpo com um sexo contrário ao que teve antes,
para reajustes dos seus sentimentos mais sutis.
Outras vezes, é o próprio espírito que, com os
instrutores espirituais, roga a tão desejada
oportunidade de se modificar através deste
processo reencarnátorio. No entanto, em
qualquer caso, ele não está só.
Sem dúvida que o controle dos impulsos sexuais
não é uma tarefa fácil: exige disciplina, vontade
férrea. Superação de dificuldades presentes e
vínculos provenientes de outras existências, mas
é uma luta necessária para a procura do equilíbrio.
Para melhor embasar o tema, Chico Xavier
responde a pergunta que lhe foi feita a respeito
da homossexualidade:
Como encara o espiritismo o problema da
homossexualidade? Qual a melhor atitude da
sociedade frente a essa ocorrência?
CHICO – Acreditamos que o tempo e a compreensão
humana traçarão normas susceptíveis de
tranquilizar quantos se vinculam a semelhante
segmento da comunidade, assegurando-se-lhes a
benção do trabalho com o respeito devido a todos
os filhos de Deus. (...) Até que isso se concretize,
não vejo qualquer motivo para críticas destrutivas
e sarcasmos incompreensíveis para com os
nossos irmãos e irmãs portadores de tendências
homossexuais, a nosso ver claramente iguais às
tendências heterossexuais que assinalam a
maioria das criaturas humanas.
Em minhas noções de dignidade do espírito, não
consigo entender por que razão esse ou aquele
preconceito social impedirá certo número de
pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida
comunitária, unicamente pelo fato de haverem
trazido do berço características psicológicas e
fisiológicas diferentes da maioria. (...) Nunca vi
mães e pais, conscientes da elevada missão que a
Divina Providência lhes delega, desprezarem um
filho porque haja nascido cego ou mutilado.
Seria humana e justa a nossa conduta em
padrões de menosprezo e desconsideração,
perante os nossos irmãos que nascem com
dificuldades psicológicas.
No incessante pendular das encarnações, as
características mentais, superiores e inferiores
não se alterarão, esteja o Espírito vestindo
roupagem física masculina ou feminina, as
virtudes ou os defeitos não sofrerão variações
em função do sexo a que pertencer o irmão ora
encarnado. Quando no limiar máximo da
evolução terrena, os Espíritos dominarem e
direcionarem as altas fontes energéticas sexuais
para obras criativas invariavelmente o beneficiado
será o próximo. Então porque tanta discriminação.

Texto baseado em: Homossexualidade,
Luis de Almeida – Revista Espiritismo,
número 39/1998. Colaboradora: Lucia
sokolowski.


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