sábado, 14 de maio de 2011

Proteção espiritual


Proteção espiritual (Mauro Paiva Fonseca)


“Para sermos beneficiados com o socorro dos bons Espíritos, não poderemos agasalhar no coração sentimentos inferiores.”
Os Espíritos, encarnados ou desencarnados, ainda necessitados dos resgates e reparações com vistas ao próprio progresso, estão sob a permanente atenção de entidades espirituais superiores, os quais utilizam os recursos mediúnicos de abnegados trabalhadores do bem que, guiados pelos dirigentes espirituais a eles diretamente ligados, orientam o socorro, modelando-o consoante as condições que o paciente ofereça em termos de esforço pessoal.

A eficiência desse socorro, no entanto, dependerá muito mais das condições oferecidas pelo socorrido do que do desejo fraterno de socorrer expresso pelos
trabalhadores em atividade.

São inúmeros os fatores que influem no resultado final da ajuda prestada; entre eles, o merecimento – a critério dos trabalhadores espirituais –, orientados que são, pelos mentores a que estão subordinados, ressalta como um dos principais.

Para sermos beneficiados com o socorro dos bons Espíritos, não poderemos agasalhar no coração sentimentos inferiores de ódio, vingança, vaidade, orgulho, egoísmo, ciúme, inveja, bem como outros mais, congêneres, porque, sem duvida, eles serão a razão dos sofrimentos que nos levarão a buscar aquele socorro.
Além disso, será indispensável recebermos com fé a ajuda solicitada, e procurarmos pôr em prática a terapia espiritual recomendada pelos orientadores da Casa.

Com esta providência, nosso estado vibratório se modificará, adquirindo freqüência que nos porá em sintonia com as correntes vibratórias superiores, cujos benefícios atrairemos.

Os sofrimentos representados pelas angústias, tormentos e dores, que acontecem em nosso caminho, não são obra do acaso: são criações nossas, quer como conseqüências de um passado delituoso, quer como resultados da negligência e indiferença com que conduzimos a própria vida atual.

O amor de Deus por Suas criaturas legou-nos o amparo, representado pelos ensinamentos de Jesus, cujos conceitos são caminhos de libertação para toda a humanidade terrena; mas, amodorradas pelas paixões mundanas e atraídas pelos prazeres enganosos da opulência, as criaturas esquecem-se de que o túmulo aguarda seus despojos de carne e osso.

O Espírito imortal, que sobrevive à destruição da matéria, é relegado a plano secundário, quando deveria ser o objeto principal das cogitações humanas.
Por conta disso, contam-se aos milhares, quiçá milhões, as consciências que, amarguradas, derramam candentes lágrimas de arrependimento, ao retornarem à Pátria Espiritual, quando percebem tardiamente o engano cometido, ao cuidarem mais da matéria, em detrimento do Espírito. 

Texto extraído da Revista Reformador. Novembro/2004, p 9.

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Emmanuel