terça-feira, 26 de abril de 2011

Fatores de Desequilíbrio-

Fatores de Desequilíbrio - 
O Amor e o Rancor
(Joanna de Ângelis)


A saúde da criatura humana resulta de fatores essenciais que lhe compõem o quadro de bem-estar: equilíbrio mental, harmonia orgânica e ajustamento sócio-econômico. Quando um desses elementos dei­xa de existir, pode-se considerar que a saúde cede lugar à perturbação, que afeta qualquer área do con­junto psicofísico.

Sendo, a criatura humana, constituída pela ener­gia que o Espírito envia a todos os departamentos materiais e equipamentos nervosos, qualquer distonia que a perturbe abre campo para a irrupção de do­enças, a manifestação de distúrbios, que levam aos vários desconsertos patológicos, conhecidos como enfermidades.

Por isso, é possível que uma criatura, em proces­so degenerativo, possa aparentar saúde, face à ausên­cia momentânea dos sintomas que lhe permitem o re­gistro, a percepção do insucesso.

Da mesma forma, podemos considerar que, escra­va da mente, a criatura transita do cárcere dos sofri­mentos aos portões da liberdade — das doenças à saú­de ou vice-versa — através da energia direcionada ao bem, à harmonia, ou sob distonias, conflitos e traumas.

De relevantes significados são os conteúdos ne­gativos do comportamento emocional, geradores das disritmias energéticas, que passam a desvitalizar os campos nos quais se movimentam, enfraquecendo-os e abrindo-os à sintonia com os microorganismos de­generativos.

Entre os muitos fatores de destruição do equilí­brio, anotemos o amor, a angústia, o rancor, o ódio, que se convertem em gigantes da vida psicológica, com poderes destrutivos, insuspeitáveis.
A mente desordenada, que cultiva paixões dissol­ventes, perde o rumo, passando a fixações neuróti­cas e somatizadoras, infelizes, que respondem pelos estados inarmônicos da psique, da emoção e do corpo.

Os conteúdos do equilíbrio expressam-se no com­portamento, propiciando modelos de criaturas desidentificadas com as manifestações deletérias do meio social, das constrições de vária ordem, das do­minações bacterianas.

A auto-análise, trabalhada pela insistência de preservação dos ideais superiores da vida, é o recur­so preventivo para a manutenção do bem-estar e da saúde nas suas várias expressões.

O amor

Confundidas as sensações imediatas do prazer com as emoções emuladoras do progresso moral, o amor constitui o grande demolidor das estruturas ce­lulares, pela força dos desejos de que se faz portador.

Certamente, referimo-nos ao amor bruto, asselva­jado, possessivo, que situa no desejo a sua maior car­ga de aspiração.

Ocultando frustrações pertinazes e gerando me­canismos de transferência neurótica, as personalida­des atormentadas aferram-se ao amor-desejo, ao amor-sexo, ao amor-posse, ao amor-ambição, deixando-se consumir pelos vapores da perturbação, que a insis­tência mental e insensata do gozo desenvolve em for­ma de incêndio voraz.

O atormentado fixa a sua identidade na necessida­de do que denomina amor e projeta-se, inconsciente­mente, sobre quem ele diz amar, impondo-se com sofreguidão irrefreável, ou acalentando intimamente a re­alização do que anela, em terrível desarmonia interior. A quanto mais aspira e frui, mais exige e sofre; se não logra a realização, mais se decompõe, perdendo ou matando, com os raios venenosos da mente em desali­nho, as defesas imunológicas e a vibração de harmonia mental, logo tombando nos estados enfermiços.

O rancor

Fenômeno natural decorrente da insegurança emo­cional, o rancor produz ácidos destruidores de alta potencialidade, que consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a ins­talação das doenças.

Entulho psíquico, o rancor acarreta danos emoci­onais variados, que levam a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação.

A criatura humana tem a destinação da plenitu­de. O seu passo existencial deve ser caracterizado pela confiança, e os acontecimentos desagradáveis fazem-­se acidentes de percurso, que não interrompem o pla­no geral da viagem, nunca impeditivos da chegada à meta.

Por isso, os acontecimentos impõem, quando ne­gativos, a necessidade de uma catarse libertadora, a fim de não se transformarem em resíduos de má­goas e rancores que, de contínuo, assumem mais danoso contingente de ocorrência destrutiva.

A psicoterapia do perdão, com os mecanismos da renúncia dinâmica, consegue eliminar as seqüelas do insucesso, retirando o rancor das paisagens mentais e emocionais da criatura, sem o que se desarticulam os processos de harmonia e equilíbrio psíquico, emo­cional e físico.

Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.
 

A Angústia e o Ódio
(Joanna de Ângelis)
 
A angústia

A insegurança pessoal, decorrente de vários fa­tores psicológicos, gera instabilidade de comporta­mento, facultando altas cargas de ansiedade e de medo.

Sentindo-se incapaz de alcançar as metas a que se propõe, o indivíduo transita entre emoções em desconserto, refugiando-se em fenômenos de angús­tia, como efeito da impossibilidade de controlar os acontecimentos da sua vida.

Enquanto transite nos primeiros níveis de cons­ciência, a carência de lucidez dos objetivos essenci­ais da vida levá-lo-á a incertezas, porqüanto, as suas, serão as buscas dos prazeres, das aspirações egoís­tas, das promoções da personalidade, sentindo-se fra­cassado quando não alcança esses patamares transi­tórios, equivocados, em relação à felicidade.

Aprisionando-se em errôneos conceitos sobre a plenificação do eu, que confunde com as ambições do ego, pensa que ter é de relevante importância, dei­xando de ser iluminado, portanto, superior aos condi­cionamentos e pressões perturbadoras.

A angústia, como efeito de frustração, é seme­lhante a densa carga tóxica que se aspira lentamen­te, envenenando-se de tristeza injustificável, que ter­mina, às vezes, como fuga espetacular pelo mecanis­mo da morte anelada, ou simplesmente ocorrida por efeito do desejo de desaparecer, para acabar com o sofrimento.

Normalmente, nos casos de angústia cultivada, estão em jogo os mecanismos masoquistas que, fa­cultando o prazer pela dor, intentam inverter a ordem dos fenômenos psicológicos, mantendo o estado per­turbador que, no paciente, assume características de normalidade.

O recurso para a superação dos estados de an­gústia, quando não têm um fator psicótico, é a con­quista da autoconfiança, delineamento de valores re­ais e esforço por adquiri-los ou recorrendo ao auxílio de um profissional competente.

As ocorrências de insucesso devem ser avaliadas como treinamento para outras experiências, recurso-desafio para o crescimento intelectual, aprendizagem de novos métodos de realizações humanas.

Exercícios de autocontrole, de reflexões otimistas, de ações enobrecedoras, funcionam como terapia li­bertadora da angústia, que deve ser banida dos sen­timentos e do pensamento.


O ódio
Etapa terminal do desarranjo comportamental, o ódio é tóxico fulminante no oxigênio da saúde men­tal e física.

Desenvolve-se, na sua área, mediante a análise injusta do comportamento dos outros em relação a si, e nunca ao inverso. Fazendo-se vítima, porque passou a um conceito equivocado sobre a realidade, deixa-se consumir pelo complexo de inferioridade, procedente da infância castrada, e descarrega, inconscientemen­te, a sua falta de afetividade, a sua insegurança, o seu medo de perda, a sua frustração de desejo, em arre­messos de ondas mentais de ódio, até o momento da agressividade física, da violência em qualquer forma de manifestação.

O ódio é estágio primevo da evolução, atavicamen­te mantido no psiquismo e no emocional da criatura, que necessita ser transformado em amor, mediante terapias saudáveis de bondade, de exercícios frater­nais, de disciplinas da vontade.

Agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório, digesti­vo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das desordens mentais e sociais que aba­lam a vida e o mundo.

A saúde da criatura humana procede do ser eter­no, vem das experiências em vidas anteriores, confor­me ocorre com as enfermidades cármicas, no entanto, dependendo da consciência, do comportamento, da personalidade e da identificação do ser com o que lhe agrada e com aquilo a que se apega na atualidade.


Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.

 

Um comentário:

  1. Olá gostei muito do seu blog muito esclarecedor e edificante! Que deus o ilumine sempre!

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A caridade não brilha unicamente na dádiva. Destaca-se nos mínimos gestos do cotidiano.

Emmanuel