terça-feira, 19 de abril de 2011

EVANGELIZAÇÃO – TAREFA SUBLIME




EVANGELIZAÇÃO – TAREFA SUBLIME
 
A Doutrina Espírita representa hoje, elevada escola de educação do Espírito, a serviço de Jesus, com a grandiosa tarefa da edificação do Reino de Deus na Terra, reino esse que se inicia no interior de cada um. Nesse aspecto, a tarefa de evangelização da criança e do jovem assume um caráter da mais alta importância em todo o Movimento Espírita.
A Casa Espírita deve preparar-se para essa grandiosa tarefa, a serviço de Jesus. À guisa de colaboração a esse movimento que se amplia por toda parte, traçamos abaixo alguns ítens que julgamos de grande importância nessa atividade educativa por excelência.
Precisamos olhar a criança em sua verdadeira natureza de Espírito imortal, filho de Deus, dotado do germe da perfeição, que renasce para evoluir, para desenvolver suas potencialidades.
Nas obras de Ande Luiz, especialmente em “Evolução em dois Mundos” e “No Mundo Maior”, percebemos que evoluímos pelo esforço próprio, pela ação, pela atividade, interagindo com o meio físico e espiritual através de múltiplas experiências.
A evangelização, por isso, deve optar por uma metodologia ativa, dinâmica, onde a criança seja co-participante de seu próprio processo educativo, vivenciando as experiências, sentindo, compreendendo e vibrando em cada atividade, desenvolvendo, assim, gradualmente suas potencialidades, encaminhando-se para a sua autonomia moral e intelectual, como ser quer pensa, sente e age no bem. Ajustamos, assim, o processo educativo à recomendação de Jesus: “A cada um segundo as suas obras” e também “aquele que ouve minhas palavras e as pratica...”
Parece-nos de grande importância a criação de processos de cooperação entre as crianças e os jovens, incentivando a ajuda mútua, a colaboração e não a concorrência. Estaremos, assim, praticando a recomendação de Jesus: “Faça ao outro o que gostaria que fizesse a você.
“Precisamos também utilizar a energia criadora do Espírito em todo processo educativo, propiciando atividades que levem a criança e o jovem a utilizar e ampliar essa imensa energia propulsora da vida e do progresso, herança de Deus, Pai e Criador, dirigindo-a para os canais superiores da vida, de forma a oferecer-lhes atividades dinâmicas, ativas e criativas, em ambiente de cooperação e ajuda mútua.
Surge ainda, nesse processo educativo, a necessidade da vivência do amor, dos laços afetivos que devem existir entre as crianças, jovens, evangelizadores e coordenadores de estudo, como prática efetiva da recomendação maior do Mestre: “Amai-vos  uns aos outros como eu vos amei”, e a necessidade de o evangelizador exteriorizar esse amor em seus gestos, palavras, ações...  Naturalmente, que o amor no sentido das palavras de Jesus deve ser o amor que auxilia, que ampara, que ajuda o outro a crescer, a evoluir... Destaca-se também a importância do exemplo, da vivência, da vibração do próprio evangelizador, na maravilhosa exortação de Jesus: “Brilhe vossa luz”.
Percebemos, pois, a necessidade de atividades tanto na horizontalidade de nosso mundo, desenvolvendo a razão, quanto na verticalidade, desenvolvendo o sentimento, a sensibilidade que nos propicia sintonia com as esferas superiores da vida, procurando ampliar a capacidade vibratória da criança e do jovem para uma sintonia mais elevada.
Evangelizar é também um processo natural de espiritualização do ser, de desenvolvimento das potências anímicas do ser espiritual que somos todos nós, Espíritos imortais, filhos de Deus, a caminho da perfeição. Em síntese: o desenvolvimento do Reino de Deus dentro de cada um, atendendo ao eloqüente apelo de Jesus: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e tudo o mais virá por acréscimo”.
Para isso, destaca-se também a importância da arte no processo de evangelização, tanto da literatura quanto das artes plásticas, do teatro, da dança e da música. Muitas vezes apenas o intelecto, a razão não consegue atingir certos estados vibratórios superiores. As artes, em especial a música e a dança, permitem-nos oferecer à criança e ao jovem a oportunidade de ingresso em freqüência de nível elevado.  A música por exemplo, é vibração e pode nos auxiliar na sintonia com o Mais Alto.
Propôs-se, assim, o desenvolvimento das potências do Espírito, do intelecto, da razão, do sentimento do amor, como base fundamental da Doutrina Espírita tal a proposta do Mestre Jesus, na ampliação da nossa faixa de frequência vibratória. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento do poder criador do Espírito conduzi-lo à reeducação, ao progresso e à evolução constante, com vistas a uma nova civilização para o Terceiro Milênio. Essas mudanças no modo de pensar , de sentir e de agir produzirão um homem mais espiritualizado, capaz de vibrar em sintonia com o Pai, construindo o Reino de Deus na Terra, a partir da construção do Reino interior de cada um.
A Evangelização assume, pois, um caráter da mais alta importância no momento evolutivo que vivemos, como mola propulsora de todo o progresso para uma Nova  Era, que necessita do trabalho, do esforço, dedicação e amor de todos nós e de todos os Espíritos que aqui renascerão e que precisam encontrar apoio e ambiente necessário ao Espírito: o Centro Espírita.
É imprescindível prestar toda a colaboração possível nas atividades da evangelização da criança e do jovem. Estaremos cooperando, não somente com a Campanha Permanente de Evangelização, mas com o próprio Cristo na construção do Reino de Deus na Terra, que se inicia no coração de cada um.

Um comentário:

A caridade não brilha unicamente na dádiva. Destaca-se nos mínimos gestos do cotidiano.

Emmanuel