domingo, 28 de julho de 2013

Lições de vida do papa...


...Ele pede para ser chamado de Jorge, recusa carros de luxo e tenta viver como um homem comum. O que você tem a aprender com ele...

>>Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:
A cada 15 dias, sempre aos domingos, a argentina Clelia Luro espera. Aos 87 anos, com medo de sua audição falhar, ela fica próxima ao telefone e toma cuidado para que o rádio e a TV estejam baixinhos. Esse é o dia em que Jorge, um de seus melhores amigos, liga. Há 13 anos é assim. “Nossas conversas parecem reuniões de trabalho. Difícil fugir de discussões sobre política e religião”, disse ela a ÉPOCA. Eles não se veem desde o domingo 24 de fevereiro, 48 horas antes de Jorge embarcar para Roma. Eleito papa, o bispo Jorge Bergoglio adotou o nome de Francisco e ainda não conseguiu voltar a Buenos Aires. Mas as ligações não cessaram. Na última, tiveram uma discussão feia. Clelia achou loucura ele ter dispensado o carro blindado para desfilar pelo Rio de Janeiro durante a Jornada da Juventude. “Disse a ele que tomaria um tiro”, afirma. Ao que o papa respondeu: “Não vou me esconder. Tenho de estar perto das pessoas. Não sou um faraó”. Clelia conheceu o papa quando ele, como bispo, foi visitar seu segundo marido, Jerónimo Podestá, doente em casa. Podestá também fora bispo e renunciou à Igreja para casar com Clelia, uma teóloga. “Seus pares na Igreja se afastaram. Sofremos todos os tipos de ameaça”, diz ela. Quando Podestá adoe­ceu, o bispo Bergoglio foi visitá-lo em casa e no hospital. “Depois de anos de rejeição, as visitas de Jorge foram um bálsamo para a alma do meu marido”, diz Clelia. “Nos tornamos amigos.”
Essa amizade e a maneira atenciosa como o papa a conduz ilustram três características notáveis de Francisco. Primeiro, mesmo depois de ser papa, ele continua a se comportar como uma pessoa normal. Segundo, ele dá imenso valor às relações humanas. Terceiro, pratica ativamente a tolerância com aqueles que discordam dele, como Clelia. Na mesma noite em que foi anunciado como papa, em 13 de março deste ano, houve sinais de que Francisco seria diferente de seus antecessores. Surgiu com roupas mais simples. Optou por um anel de prata, no lugar do ouro. Manteve a cruz e os sapatos modestos que sempre usou e dispensou os acessórios papais pomposos. Desde então, tem se confirmado como o papa da simplicidade e da austeridade. Um papa humilde que se preocupa com os humildes. Seu exemplo é uma força que se espalha rapidamente no interior da Igreja. “Os padres e os seminaristas estão birutas, no bom sentido”, diz o teólogo Fernando Altmayer, professor da PUC de São Paulo. “O modelo anterior de ascensão foi revogado.” Fora da Igreja, católicos e não católicos acompanham com interesse o comportamento de um papa que parece ter muito a ensinar ao homem comum, sobretudo em tempos de crise econômica e moral. A conduta de Francisco sinaliza desapego material, apreço pelas relações humanas e misericórdia – atitudes que ressoam mesmo entre os não religiosos. “Ele funciona por contágio”, diz a jornalista argentina Evangelina Hemitiam, autora da biografia A vida de Francisco, que acaba de ser lançada no Brasil pela editora Objetiva. “O efeito que ele provoca nas pessoas é revolucionário.”
No Brasil de 2013, que saiu às ruas em protesto contra o descaso de seus governantes, é o homem certo na hora certa. Seu exemplo de humildade e dedicação aos que sofrem, associado ao desprezo por luxo, conforto e privilégio, constitui uma espécie de repreensão silenciosa aos arrogantes que, no poder, agem como se tivessem direito a tudo. O exemplo de Francisco não mudará radicalmente o Brasil e nem tocará o coração de todos os brasileiros. Mas ele é capaz de inspirar e ensinar os que estiverem prontos a ouvi-lo.
1. VIAJE LEVE PELA VIDA 
Evangelina Himitiam, a biógrafa do papa, diz, com certo exagero, que tudo o que ele tem na vida cabe numa mala. São discos, livros, um pôster de seu time do coração – o San Lorenzo, de Buenos Aires – e um crucifixo que ganhou dos avós. Francisco é desapegado, e isso lhe permite, nas palavras dela, “viajar leve pela vida”. Anda a pé, pega transporte público e, quando cardeal, não tinha carro oficial nem motorista. Esse voto de pobreza, diz o teólogo Altmayer, não é algo triste, pelo contrário. “Quem tem pouco é mais livre, mais feliz”, diz. Talvez essa fórmula não valha para todos. Mas ela pode nos ajudar a repensar o materialismo exagerado dos nossos tempos. “O ser humano está sufocado pelo capital material. As pessoas têm sede do capital espiritual”, diz Leonardo Boff, teólogo que acaba de lançar pela editora Mar de Ideais o livro Francisco de Assis e Francisco de Roma. “As mensagens que o papa passa com suas ações fazem sentido para o espírito”, afirma Boff.

2. DÊ IMPORTÂNCIA AOS VALORES
Em lugar do apego aos bens materiais, o papa Francisco tem valores. Desde a infância, sua biografia está repleta de elementos que demonstram isso. Ele começou a trabalhar aos 12 anos, porque seu pai considerava o trabalho essencial. Guardou isso com ele. Música e literatura também são paixões precoces que ele cultiva até hoje, como elemento essencial da existência. Da ética religiosa dos jesuítas, a ordem religiosa a que Francisco pertence, extraiu a decisão de levar uma vida modesta, dedicada aos necessitados. Ele acredita que ajudar os pobres enriquece objetivamente a vida das pessoas. Nem todos estão dispostos a viver assim, movidos pelo senso de missão e pela arte, mas o exemplo de Francisco deixa claro que um punhado de convicções, gostos e atitudes simples podem, muitas vezes, ser mais importantes que um vasto patrimônio. Ao longo da vida, somos capazes de guardar coisas mais valiosas que os nossos bens.

PAPA FRANCISCO...



Paciência e serviço



Onde estivermos, saibamos entender e
auxiliar, reconhecendo que se os outros são
enigmas para nós, somos de nossa parte,
outros tantos enigmas para eles.
Dor é ensinamento.
Dificuldade é provação necessária.
Desespero é desgaste por excesso de atrito.
Suporta os entraves do caminho,
procurando aperfeiçoa-lo, aprendendo e
servindo, amando e amparando sempre.
Medita na paciência dos espíritos
superiores que aceitam no Cristo o divino
Orientador, na execução das próprias
tarefas. Para eles, cada novo dia é um novo
tempo de esquecer o mal e fazer o bem,
melhorando experiência e repetindo a lição.

Emmanuel

A Escola do Coração



O lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam 
por matérias educativas.
A responsabilidade governa.
A afeição inspira.
O dever obriga.
O trabalho soluciona.
A necessidade propõe.
A cooperação resolve.
O desafio provoca.
A bondade auxilia.
A ingratidão espanca.
O perdão balsamiza.
A doença corrige.
O cuidado preserva.
A renúncia liberta.
A ilusão ensombra.
A dor ilumina.
A exigência destrói.
A humildade refunde.
A luta renova.
A experiência edifica.
Todas as disciplinas referentes ao
aprimoramento do cérebro são facilmente
encontradas nas universidades da Terra,
mas a família é a escola do coração,
erguendo entes amados à condição
de professores do espírito.
E somente nela conseguimos compreender
que as diversas posições afetivas,
que adotamos na esfera convencional,
são apenas caminhos para a verdadeira
fraternidade que nos irmana a todos,
no amor puro, em sagrada união,
diante de Deus.

Emmanuel

Preceitos de Paz





Agora é o seu mais belo momento de realizar o bem. Ontem passou e amanhã está por vir. Qualquer encontro é uma grande oportunidade. Pense nas sementes minúsculas de que a floresta nasceu. Não deixe de falar, mas aprenda a ouvir. Quem sabe escutar pacientemente, encontra pistas notáveis para o êxito no serviço que abraçou. Fuja de cultivar conversações menos dignas. O interlocutor terá vindo buscar o seu respeito a Deus e à vida, a fim de equilibrar-se. Não dê tempo às lamentações. Meia hora de trabalho, no auxílio ao próximo, muitas vezes consegue alterar profundamente os nossos destinos. Não mostre rosto triste. Muita gente precisa de sua alegria para levar alegria aos outros. Não menospreze quem bate à porta, conquanto nem sempre esteja você disponível. Em muitas ocasiões, aquele que aparentemente incomoda é o portador de grande auxílio. A ninguém considere inútil ou fraco. Um palácio, comumente, é construção enorme; no entanto, nem sempre oferece agasalho ou acesso, sem a colaboração de uma chave. Não persista em obstinações, reações ou discussões desnecessárias. Em muitos casos, um simples prego, atacando uma roda, pode retardar a viagem num carro perfeito. Auxilie a todas as criaturas que lhe partilham o clima individual. Ainda mesmo na doença mais grave ou na penúria mais avançada, você pode prestar um grande serviço ao próximo: você pode sorrir.

( André Luiz )

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A RESPEITO DE SEU FILHO...(Amélia Rodrigues / Divaldo Franco)




Seu filho é abençoado aprendiz da vida. Não lhe dificulte a colheita das lições
fazendo-lhe as tarefas.
Seu filho é flor em botão nos verdes ramos da existência. Não lhe precipite o desabrochar, estiolando-lhe a vitalidade espontânea.
Seu filho é discípulo da existência. Não lhe cercei a produtividade tomando sobre os seus ombros os misteres que lhe competem.
Seu filho é lâmpada em crescimento de luz. Não lhe coloque o óleo viscoso da bajulação para que não afogue o pavio onde crepita a chama da esperança.
Seu filho é fruto em formação para o futuro. Não procure colher antes do tempo,
o beneficio que lhe não pertence.
Lembre-se, mãe devotada que você é, que o seu filho é também filho de Deus. Você poderá caminhar ao seu lado na estrada apertada, mas ele terá honra quando conseguir chegar ao objetivo conduzido pelos próprios pés. Você tem o dever de lhe apontar os abismos à frente; mas a ele compete contornar os obstáculos e descer às baixadas da existência para testar a fortaleza do próprio caráter.
Você deve ministrar-lhe o pábulo Evangelho; mas a ele compete o murmúrio das orações, na prece continuada das ações nobres. Seu filho é o discípulo amado que Deus após o alcance do coração enternecido. No entanto, a sua tarefa não pode ir além daquele em que o pai propícia a todos ensinando ao tempo, corrigindo na luta, e educando através da
disciplina para a felicidade.
Mostre-lhe a vida, mas deixe-o viver.
Fale-lhe das trevas, mas dê-lhe a luz do conhecimento. Mande-o a escola, mas faça-se
de mestre dele no lar.
Apresente-lhe o mundo, mas deixe-o construir o próprio mundo. Tome-lhe as mãos e ponha-as no trabalho, ensinando com o seu exemplo, mas não lhe desenvolva a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem. Seu filho é vida da sua vida que vai viver na vida da humanidade inteira.
Cumpra o seu dever amando-o, mas exercite o seu amor ensinando-o a amar e fazendo que no serviço superior ele se faça um homem para que o possa bendizer, mais tarde.
Ame seu filho, o filho de todas as mães e ame nos filhos das outras o seu próprio filho, para que ele, honrado pelo amor de outras mães possa enobrecer o mundo, amando outros filhos.
Seu filho é semente divina; não lhe negue, por falso carinho, a cova escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque somente quem não morre jamais será fonte de vida.
Mãe! Seu filho é a esperança do mundo; não o asfixie no egoísmo dos seus anelos, esquecendo-se de que você veio a terra sem ele e retornará igualmente a sós, entregando-o a Deus consoante as leis sábias e justas da Criação...

Amélia Rodrigues / Divaldo Franco

Livro: Crestomatia da Imortalidade

ABENÇOA E AUXILIA...



A vida oferece infalível receita em favor de nossa paz.
Se a incompreensão nos aflige, abençoa e auxilia.
Se a discórdia ameaça, abençoa e auxilia.
Se a dificuldade aparece, abençoa e auxilia.
Se a crítica nos vergasta, abençoa e auxilia.
Se a maldade nos bate à porta, abençoa e auxilia.
Se a irritação nos procura, abençoa e auxilia.
Se o problema se agrava, abençoa e auxilia.
Se o desânimo intenta arrasar-nos, abençoa e auxilia.
Se a injúria nos visita, abençoa e auxilia.
Se a provação surge mais exigente, abençoa e auxilia.
Se o afeto de alguém nos abandona, abençoa e auxilia.
Ainda mesmo nos dias em que a lágrima seja a única presença em nosso coração para o trabalho a fazer,
abençoa e auxilia sempre, porque abençoando e auxiliando, estaremos em toda parte, com o auxílio e com a bênção de Deus.

Bezerra de Menezes
(Do livro “Coragem”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos)

SENHOR, ENSINA-NOS...


Senhor!...
Sabemos o que nos dizes,
Ensina-nos a escutar-te.
Conhecemos o caminho, 
Ensina-nos a percorrê-lo.
Procuramos a paz,
Ensina-nos a descobri-la.
Possuímos o amor,
Ensina-nos a sublimá-lo.
Temos o trabalho,
Ensina-nos a servir.
Concedeste-nos a fé,
Ensina-nos a mantê-la.
Assimilamos a cultura,
Ensina-nos a iluminá-la.
Colhemos o beneficio,
Ensina-nos a plantá-lo.
Admiramos a humildade,
Ensina-nos a adquiri-la.
Medimos o tempo,
Ensina-nos a aproveitá-lo.
Retemos os recursos,
Ensina-nos a distribuí-los.
Necessitamos da ordem,
Ensina-nos a guardá-la.
Ansiamos por mais luz,
Ensina-nos a estendê-la.
Senhor!...
Onde estivermos, e com quem estivermos; sejam quais forem as nossas dificuldades e problemas; faze-nos reconhecer que somos Teus aprendizes!
Por acréscimo de misericórdia, não nos entregues a nós mesmos!
Renova-nos no que somos para que sejamos o que devemos ser, de acordo com os Teus Desígnios!
E seja qual for a tarefa em que a Tua Infinita Bondade nos situe, ensina-nos, Senhor, a compreender e amar, abençoar e servir contigo hoje e sempre!...
Assim seja!

[Pelo Espírito Emmanuel – Psicografia de Chico Xavier]
[Do livro "Recanto de Paz"]

“Eu sou porque nós somos”





“Um antropólogo fez uma brincadeira com crianças de uma tribo africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que o primeiro que chegasse junto a árvore ganharia todas as frutas. Dado o sinal, todas as crianças saíram ao mesmo tempo e de mãos dadas! Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa. Quando o antropólogo perguntou porquê elas haviam agido dessa forma, sabendo que um entre eles poderia ter todos os frutos para si, eles responderam: Ubuntu, como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?"

UBUNTU na cultura Xhosa significa: “Eu sou porque nós somos”